G. Marcondes Egestos
Nome, 2017.
"A obra Nome, de Gabriel Marcondes Egestos, situa-se no interstício do poema e da imagem fotográfica. No aparente vazio desse hiato entre o som das palavras e o silêncio das imagens, a obra busca completar-se na mente e no tempo de seu fruidor/leitor. Instaura-se um tempo e espaço entre os corpos: corpo do espectador presente que transita, vê/lê a obra; e corpo fotografado do próprio artista, paradoxalmente presente e ausente, capturado e transitório, que se integra na quietude das paisagens duplamente capturadas, pela fotografia e espelhos d’água. O corpo como linguagem tem sido uma tônica em sua obra –– o corpo em movimento, em contorções, em performances, vídeos, pintura. Nesta reconfiguração do tema, constitui-se uma linguagem em que a medida é o corpo. O corpo no espaço expositivo e esse corpo do artista na fotografia, estático, concentrado, que surge como elemento da paisagem, repertório da paisagem como cada palavra compõe o repertório dos poemas."
Texto de Agnus Valente para a Exposição "Trama e Veio" no Galpão da FMA, Itu SP, 2017.